Esta é a história de um recém-nascido anônimo que recebeu visitantes ilustres numa manjedoura. Eles contaram que foram guiados por uma estrela e que um rei havia ficado surpreso ao saber do recém-nascido “rei dos judeus”. Seria a profecia de Miqueias se cumprindo (Mq 5.2)?

            Quando lemos nos Evangelhos as narrativas sobre o nascimento de Jesus, podemos contemplar um Deus sensível que está preocupado com a situação do seu povo, mesmo que o povo não esteja preocupado consigo mesmo. O nascimento do Senhor Jesus é um ato de amor de Deus. É o amor proporcionando salvação a todo o que nEle crê.

            Mas será que o mundo estava preparado para receber o Rei dos Judeus? Os judeus o aguardavam para honrá-lo? Como estaria a expectativa messiânica acerca do que fora dito pelos profetas?

            Seria possível um menino tirar a tranquilidade de um rei experiente e vencedor de muitas batalhas? Seria possível um rei iniciar o seu reinado em um estábulo? Seria possível uma estrela guiar pessoas, sob a orientação de Deus, para que prestassem adoração ao seu Filho?

            A Bíblia nos mostra em Lucas 4.16-30 que a vinda de Jesus marcou o início do ‘ano aceitável’ do Senhor. Em Miquéias 5.2-5 Deus disse que de Belém lhe sairia o que haveria de reinar sobre Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde a eternidade.

            Em Mateus 11.20-27 lemos acerca da preferência divina pelos humildes, com a execução de inúmeros milagres, sempre levando em conta a necessidade de um povo explorado por seus governos, e carente.

            Em 1Coríntios 1.18-31 somos levados a entender que “a verdadeira sabedoria é a de Deus”. Para os que se perdem, a palavra da cruz sempre será loucura, mas para nós, os que foram alvos de tão grande, plena e poderosa salvação, o imensurável poder de Deus. Quando o homem pensa que há loucura em Deus, ela é mais sábia do que o próprio homem. Quando o homem pensa que há fraqueza em Deus, ela é mais forte que o próprio homem. Onde está o sábio? Quem quiser gloriar-se, glorie-se no Senhor!

            Em 1Coríntios 3.18-23 lemos que a louca sabedoria do mundo engana-se pensando ser sábia, mas é apanhada na sua própria estultícia, porque o Senhor conhece o que se passa em seus corações e sabe que são pensamentos sem valor.

            Em 2Coríntios 6.1-10 lemos que a verdadeira riqueza é a espiritual, pois aos cooperadores é dito que não recebam em vão a graça de Deus. Deus ouve e socorre para que no dia da angústia os seus filhos sejam achados confiantes e em condições de agirem de forma que não envergonhem o Evangelho.

            Jesus Cristo é o Evangelho, a boa nova de salvação. O Natal nos lembra do fato histórico, do nascimento do Filho de Deus e da sua habitação entre nós. Por tudo isso, sabemos que Deus é adorado pelos seus filhos, em nome de Jesus. O seu nome é celebrado por sua igreja e propagado por suas famílias no mundo. No entanto, a Bíblia nos ensina que Jesus não foi bem recebido pelo mundo da época do seu nascimento. E quanto a nós, quais as reações que o menino de Belém produz em nós? O que o Natal significa para nós? Como a igreja recebe a Palavra de Jesus? Por ventura as suas instruções estão sendo seguidas? Que tenhamos um ótimo Natal porque o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, o único mediador entre Deus e os homens nasceu e vive eternamente!

Rev. Sérgio de Lima