Cadê a sua máscara? É a pergunta que ouvimos, muitas vezes nestes tempos de pandemia. Soa como uma bronca – “Você não trouxe a sua máscara, devia ter trazido”. A máscara tornou-se indispensável e comum. Caiu no nariz e na boca do povo!
O uso da máscara marcou a origem e o início do teatro grego em Atenas em 550 a.C, com as celebrações aos deuses. Daí a inspiração para outros povos, com destaque para os portugueses em Gil Vicente com a peça “O monólogo do vaqueiro”, em 1502.
O ator mascarado disfarça, representa o(a) personagem, age como o personagem. Imita o personagem que pode ser uma pessoa, ou um bicho. A máscara no teatro está em favor da arte, assim como se faz necessário o seu uso em várias outras ocasiões. No momento vamos usar o trio salva vidas: vacina, máscara e álcool gel.
Outros usos da máscara. Por exemplo a máscara para a “festa da carne”, o carnaval. Nela o folião se esconde, disfarça, brinca, e julga se divertir, a seu modo. Ninguém é conhecido e nem se dá a conhecer. O resultado já se sabe: prejuízo, antes e depois da folia. Felizmente várias cidades brasileiras suspenderam ou aboliram o carnaval de rua este ano de 2022. Para esse uso da máscara vale o sinal vermelho. O sinal verde vai para a máscara da nossa defesa. Aquela irmã da vacina e do álcool gel. Vamos usá-la deliberadamente. Os médicos e a ciência nos aconselham. Logo Deus nos permitirá andar com o rosto a descoberto. A igreja está de joelhos. O povo está mais consciente dos cuidados em defesa da sua saúde.
Há outro uso da máscara, pior do que o da “festa da carne”: é aquele que leva o homem a disfarçar o seu pecado diante de Deus. O fruto que ele gera é a morte espiritual. A este Jesus chamou de “sepulcro caiado” (Mateus 23.27). Tais pessoas pensam que podem fugir da presença de Deus. Usam, dia e noite, a máscara da hipocrisia. Desconhecem o poder libertador oferecido na cruz de Cristo.
“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? “Se subo aos céus lá tu estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo lá estás também” (Salmo 139.7,8).
Não nos convém a máscara da “festa da carne”, nem a da “hipocrisia” que escondem o pecado e nos põem longe de Deus. A máscara do pecado deve ser substituída pelo arrependimento e pela fé, pela verdade – Jesus Cristo. “.. EU sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14.6).
Concluímos com a súplica do salmista: “Manda a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus Tabernáculos” (Salmo 43.3).
Que uso você faz de sua máscara?
Cadê a sua máscara?
Rev. Odilon de Carvalho